sexta-feira, 5 de setembro de 2008

ERRO

voo
sempre entre duas verdades
o relance do olhar para dois lados diferentes
eu entro, tu entras e um outro alguém fica de fora
não interessa quem olha ou quem te pensa da forma que quer... ou que pode
por enquanto és tu ... tu e o mundo que és ...

reservo-me à simplicidade dos pensamentos que me visitam em interminaveis banquetes surreais
a lingua de fora depois da palavra cruza os dedos inseguros ...
são a pessoa que se forma
uma verdade que, na verdade, existe para lá desses gestos, atitudes, vicios ...
limito-me a dois caminhos distintos:
um bom e um mau
o do vicio aparente em que todo o gesto emana negação
e um outro que aquele contradiz idealizando na sua essencia o mesmo fim
os dois caminhos aparecem na insuficiencia de um outro que nao seja nenhum dos dois, aquele que fica de fora, aquele que vai para lá...
será esse que falta à meia solução que me aprisiona nos meus dois carreiros ...

O caminho da não consequencia precede e corrompe todo o conceito de bem e de mal .


DEDALO

1 comentário:

LD disse...

acho este texto fascinante. Realmente dá-nos a sensação de estar sempre entre uma coisa e outra. A forma como concluis leva-nos a pensar e é incrível como tais palavras descrevem tão bem a própria essência da vida. Errar e aprender (não é isto a vida?!). Sem consequências a vida não teria sabor.

Um abraço valente Telmo, do teu colega da faculdade Luís ;)

(visita o meu blog: http://freedmentimes.blogspot.com)

(vê a etiqueta TEXTOS, aposto que gostarás - óptima poesia de um grande amigo meu)